quarta-feira, 31 de outubro de 2018

{imaterial}

Ao meu filhinho

Saberás um dia que a delicadeza daquilo que permanece para além da placitude tangível das substâncias corpóreas reluz, cintila pujante, por entre cada uma das nossas células. 
Saberás que o deslumbre que alumia as nossas porções atómicas, transmissões eléctricas e tecidos viscerais está no fulgor que o sublime traz ao músculo cardíaco e à tona da pele.
E assim saberás também um dia que é essa a potência que adoura esse teu infinito imenso, o deslumbre, tão mais perene do que o todo que encerra toda a matéria da matéria da física. 


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