Ele diz que sou uma borboleta porque gosta muito de mim. Diz que queria ver-me voar em liberdade até à lua para que contasse o que de lá vi.
Descreve as minhas asas com dedicada exactidão:
"São pretas e vermelhas porque és diferente de todas as borboletas-mãe. Asas pretas e vermelhas nunca vi, mas imagino-te assim pois essas cores ficam-te muito bem."
Ele revê-me na leveza de um ser esvoaçante sem reparar na força que sinto falhar vezes demais ao abrir o par preto e vermelho de asas pelos dois.
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