segunda-feira, 11 de maio de 2009

{este meu azul-porcelana}

Como as veias que percorrem a minha pele, também eu serpenteio em várias direcções, sem mapa, sem rota. Expandindo-me apenas para deixar fluir o sangue. 
Como o sangue que percorre as veias da minha pele, também eu procuro encontrar um percurso. Trajecto sólido, firme e profundamente vincado. Mas essa viagem teima ultimamente em queimar-me a pele, e as cicatrizes desse curso são agora de uma seda fina quebradiça, sinais anémicos que ameaçam não conseguir jamais estancar o sangue. São eles, o testemunho da minha matéria, o meu azul porcelana, ténue, frágil e muito hesitante.


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